Encheu suas malas
com porções de sonhos
Vida na Europa

A vida nova cega
para a realidade do chão que pisava
Entrou para uma universidade

Até que um dia...
assim como o poeta,
ela viu uma pedra no caminho

Não era pedra poética,
era caixa de pedras
Era pedra que fere

Fere primeiro a alma
"Grátis, se for para atirar a um zuca..."
Agora ela sabia onde pisava

O chão era de pedra
Ela cerrou os punhos
Esticou o peito

Tirou sua capa de invisibilidade e discrição
E quando no seu trabalho sugeriram uma caixa igual...
Ela gritou: "coloque sim, ma joga vinho e bacalhau