Flávia Silva
Vísceras e Poesia
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Textos
Morte, Renascimento e Luz
Matar um amor é uma dor doida e doída
Como faca enfiada no peito
Como voz que ecoa e ninguém ouve

Primeiro sangra
Mas depois que estanca
Aquela cicatriz dura
De quem passou por uma guerra

Matar um amor é uma luta inglória
Sem vencedores
Só o peso do fracasso no processo
E o alívio posterior de libertação da dor

Agora o vazio
Sinta o som do silêncio
Sem conversas noturnas
Ou assalto à geladeira na madrugada

Ao invés do sono pesado
Depois de noites intensas
A insônia

De manhã
Só acorda e levanta
Agora tá escuro
Mas abra a janela
Porque a luz só se propaga na escuridão
Flávia da Silva
Enviado por Flávia da Silva em 04/01/2024
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